No
mundo moderno em que vivemos, estamos revolucionando a ideia preconcebida do conhecimento estático para alguma coisa mais instável,
volúvel e dinâmica. A informática tem tudo a ver com isto, uma vez que
ela tem sido o elemento deflagrador destes novos horizontes. Quando falo
de uma mente analógica, estou me referindo ao conceito cartesiano, onde
o racionalismo empírico não é fracionado, mas é continuísta e
cientificista, formatado dentro de uma rede de saberes interligados e
comprovados.
Enquanto a “mente digital”
produz o seu próprio universo de saberes, independentemente de outras
linhas, postulados, dogmas, etc. O saber independente, torna-se cada vez
mais acessível e funcional para a sobrevivência deste novo sujeito
pós-modernidade digital.
O
conhecimento digital é o fruto de uma nova era na comunicação
instantânea em todos os seus níveis e possibilidades, sendo um fator que
contribuiu enormemente para a constante quebra dos paradigmas
científicos, sendo esta a sua maior vertente nesta nova alvorada do
conhecimento humano como um todo.
Em
outras palavras: A mente analógica não serve mais para absorver a
enorme gama de informações disponibilizadas neste mundo novo. É preciso
desenvolver uma mente digital, capaz de selecionar mais e melhor o que
realmente nos interessa neste oceano de idéias, cada vez mais acessível a
todas as pessoas, empresas, grupos, partidos e, em qualquer lugar do
planeta.
No período analógico, o saber era estipulado para a vida toda, enquanto na “era digital” o saber é reinventado a cada momento.
As tecnologias são superadas em um curto prazo de tempo, dando lugar as
novas formas de se fazer aquilo que ainda há pouco, parecia ser
inédito. As novas gerações terão que aprender (cada vez mais) a conviver
com uma espécie de cemitério tecnológico em suas vidas de uma forma
mais intensa. É a mente digital precisando ser eficiente em descartar
tudo aquilo que já caiu em desuso, apenas para poder absorver
rapidamente os novos processos já em andamento, sob pena de ficarem
perdidas no meio de um monte de ferros-velhos inúteis.
As
novas gerações já vem sendo inseridas dentro deste contexto através dos
vídeos games, PCs conectados na rede mundial de computadores, celulares
multifuncionais, e-books, e-commerce, downloads instantâneos de
músicas, filmes, etc. As mentes analógicas tendem a execrar toda esta
parafernália como uma forma de autodefesa diante do mundo que se
transformou violentamente diante dos seus olhos assustados com toda esta
onda mundial. Não é à-toa que muitos idosos se negam a pressionar o
botão “Power” dos seus vídeos cassetes...
Quero
dizer, DVDs! Eles fingem estarem imunes ou à parte de todo este
contexto que muda sistematicamente as formas de nos relacionar uns com
os outros. E, diga-se de passagem: Isto é um processo irreversível!
Desenvolver
uma mente digital é o grande paradigma deste século para qualquer um
que queira sobreviver às mudanças repentinas na nossa rotina de vida.
Precisamos estarmos atentos as novas formas de aprendizados, que nesta
nova dimensão, não ocorre apenas nas salas de aula de tijolos e
argamassa, mas.... Pode e está ocorrendo virtualmente com uma turma de
alunos oriunda em diversos países, enquanto o professor dá as dicas
diretamente de uma praia paradisíaca no Hawai. Isto meus amigos, é
apenas uma mente pensando digitalmente!
Dr. Marcos Calmom
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